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Writer's pictureMaurício Bittencourt

O “FLOW” VERSUS O “ESTADO OPTIMAL” NO TRABALHO

Vivemos recentemente o momento mágico das Olimpíadas na França e, para obterem as medalhas, os atletas precisaram alcançar os melhores resultados possíveis ou aqueles que ainda não foram atingidos. Este contexto é apropriado para refletirmos sobre o “estado de FLOW”, que ocorre quando uma pessoa atua em regime de excelência ao realizar uma atividade, em imersão no foco, com boa energia, com prazer, atingindo o ápice naquilo em que se propôs fazer. Estamos falando de atividades, trabalhos, atitudes espetaculares, acima do normal, que ensejam reconhecimentos, elogios e recompensas. O “estado de FLOW” é o nosso auge absoluto.

Ao buscarmos o aumento do conhecimento sobre a inteligência emocional, soubemos dos estudos que trouxeram o “estado OPTIMAL” que, diferentemente do “FLOW”, demonstram que podemos ter bons resultados com a progressão de forma constante rumo a um objetivo maior, ou seja, que é possível seguir bem se tivermos dias bons, (pensamentos positivos, com o foco no que estamos fazendo e com equilíbrio entre a capacidade e o desafio). O “OPTIMAL” surge no transcorrer do tempo, como uma somatória de pequenas vitórias para ultrapassar os desafios. Não é possível viver em “FLOW” 100% do tempo.

No desafio Olímpico fica evidente que um campeão ou um time vencedor não surge da noite para o dia, pois a vitória é decorrente de uma evolução paulatina, oriunda dos treinamentos, das habilidades desenvolvidas nos torneios intermediários e, acima de tudo, por ter o esportista um estado interior elevado.

No trabalho, estamos sempre diante das expectativas dos gestores em ter excelentes resultados individuais e das equipes o tempo todo, distorcendo ao nosso ver a fórmula do sucesso esportivo citado, ou seja, o atingir ou superar uma meta é fruto de ter capacidade, foco, determinação, energia, respeito ao tempo, com excelente “estado de espírito”, em ambiente saudável, dentro de um processo crescente e gradativo. Assim, arriscamos dizer que o “excelente” resultado tem maior probabilidade de ocorrer em um ambiente OPTIMAL e propomos atuarem nessa direção.

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