O sonho das pessoas das gerações passadas era o de “arrumar” um excelente emprego em uma grande empresa. A meta, quase sempre, era a de permanecer na organização até a aposentadoria e com uma carreira brilhante, vindo do menor cargo para um de alta gestão ou como especialista. Nos dias atuais, no entanto, com a revolução industrial 4.0, o mundo digital em crescimento exponencial e a competitividade global, surgiu uma nova maneira de fazer negócios. Percebemos que, para uma empresa sobreviver, ela precisa estar entre as melhores e maiores do seu segmento. Dessa forma, surgiu uma nova tendência, a de os líderes comprarem empresas menores ou com problemas, para que seja feita uma reestruturação, com foco no crescimento.
Observamos que de uns anos para cá as aquisições e fusões entre as empresas se tornaram comuns. O que as pesquisas mostram é que essas reestruturações ou ações de crescimento promovem uma turbulência na cultura das empresas que permanecem e geram uma verdadeira revolução na vida profissional dos colaboradores envolvidos. Alguns perdem o emprego e não tem mais chance de participar do “novo jogo”. Outros são absorvidos na cultura da empresa que comprou ou se tornou majoritária e precisam se adaptar rapidamente. Já os que fazem parte da cultura que prevaleceu necessitam, além da adaptação, orientar e ensinar quem chegou. Se você está passando por esse processo de mudança pode estar se perguntando, o que eu faço?
Em primeiro lugar agradeça a oportunidade de permanecer trabalhando e tendo novos desafios. As dicas passam por ter muita inteligência emocional e social. Sabemos que é difícil, mas ter calma, ser resiliente, estar atento e focado em tudo o que acontece, ter o cuidado ao expressar as suas opiniões, principalmente para as pessoas que você não conhece (ouvir mais do que falar), podem lhe ajudar a entender e fazer parte do novo momento profissional. Como tudo na vida sempre podemos aprender coisas novas e mostrar o que sabemos para os nossos pares e lideranças.
Algumas posturas são recomendadas para quem foi ”absorvido”, por exemplo: não mencionar que a empresa anterior era melhor ou que o relacionamento com os colegas e com o chefe era mais harmonioso antes e, também, evitar críticas ao jeito como trabalham. Para aqueles da empresa que “absorveu” recomenda-se: ter humildade e acolher os novos colegas, orientar os entrantes com os aspectos da cultura e da forma de trabalho praticada e aproveitar a oportunidade para aprender com as experiências dos novatos.
Aquela reação natural de resistência ao novo e à mudança, pode ser transformada em energia positiva para entender o que acontece e, posteriormente, para permitir a avaliação do novo projeto e para compreender se ele se alinha ou não com o seu propósito. A experiência mostra que a chance de adaptação é grande. Para os casos de rejeição, faça um plano para uma transição de emprego inteligente, evitando ficar desempregado. Desfrute da chance!
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